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15 de abril de 2010

O Milagre Isaque

Artigo avulso do Jornal Palavra de Vida
(Fevereiro de 2009)

A pedidos, o Palavra de Vida foi ver como está vivendo Isaque do Rosário.
Ele é o garoto que nasceu com os pulmões expostos em 12 de abril de 1999, em Taperoá (BA). Segundo os médicos locais, Isaque só tinha 24 horas de vida.


Sua família relembra o desespero e a emoção que viveram naquela época:

"Achei estranho que o menino mal tinha nascido e já tinham que levá-lo para o hospital da capital. Ninguém me dizia nada, até que uma enfemeira me falou que o menino nasceu doente. Quando eu vi que ele sangrava, achei que ia morrer igualzinho uma irmã minha que morreu. Foi tudo muito rápido, tinham que tirar a certidão no Fórum logo para levá-lo". Diz D. Raimunda do Rosário, mãe de Isaque.

Valdinei, o irmão mais velho também vivenciou a experiência: "Eu tinha 8 anos e meu pai disse pra mim que dava para ver todos os órgãos dele. Mas eu acreditava que ele ia ficar bom". Afirma ele.

Adeilson do Rosário é guarda municipal e disse que a situação foi muito delicada: "O corte era de um lado a outro das costas. Dava pra ver os pulmões e até o coraçãozinho dele. Em Salvador, os médicos não puderam fazer nada. Apenas mandaram a enfermeira limpar o lugar por fora. Entrei em desespero.

Teve um médico que me disse para ‘confiar no Senhor’. Me lembrei que estava longe dos caminhos de Deus e ali, na minha angústia, fiz um voto com Ele. Disse que se Ele curasse meu filho eu retornaria para os caminhos do Senhor. E o meu filho sobreviveu mesmo sem cirurgia ... Ele tem nas costas a marca do dedo de Deus. E em menos de quinze dias o corte estava completamente sarado".

Isaque fez 10 anos de idade, cursa a 3ªsérie, mora no Bairro do Jenipapo e leva uma vida normal. Sua mãe afirma que ele não ficou com nenhum problema de saúde decorrente do fato.

Isaque e família em sua formatura
de Alfabetização - 2005

O Palavra de Vida pode constatar a enorme cicatriz nas costas que o Isaque tem, bem como a personalidade tranqüila do garoto.

Ao perguntarmos se a família gostaria de deixar alguma mensagem para as pessoas que enfrentam sérios problemas de saúde, D. Raimunda foi enfática em dizer:

"Eu quero dizer para as pessoas que tenham esperança, pois quando Deus quer tudo pode acontecer. Eu pensei que meu filho fosse morrer, mas pela de meu marido, Deus o curou. Peço que as pessoas não percam a esperança".

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