Conheci a Ramona há quase dois anos pela internet. Acho que ela me adicionou. Eu já mantinha contato com uma gaúcha que vive no Paraguay há dez anos com sua família, a Marly. Cheguei a escrever a história de Marly e Elvis no meu jornal: (Veja Aqui)
Meu coração sofre de forte inclinação para o trabalho missionário...
Bem, Ramona foi a primeira a me convidar para ir ao Paraguay. Mas me parecia algo meramente formal e para mim impossível, pois demandaria um bom investimento financeiro e o cuidado com minha mãe.
O fato é que em 2010 Marly insistiu comigo para ir ao país, em Luque onde vivem. Se sentia só, pois até sua família tem dificuldades de visitá-los.
Àquela altura já tínhamos desenvolvido um forte sentimento de amizade. Passei a pensar na possibilidade e a orar.
Falei com Brás (meu pastor) do convite que recebera e ele me falou para orar.
Pedi ao Senhor uma confirmação a respeito. E logo tive uma visão, onde me via em Luque na casa de Marly e lá havia um quarto reservado para mim, e um ambiente de muito afeto. Entendi o óbvio.
Minha mãe orava junto comigo e com Ana Rosa. E logo tudo foi se abrindo.
No encontro da igreja daquele ano em Ituberá, enquanto Jamê ministrava sobre “O Culto”, tive outra confirmação: me via num culto em lugar desconhecido, com irmãos desconhecidos, falando espanhol. Jamê falava em português e eu me ouvia falando as mesmas palavras em espanhol.
Não tive mais dúvidas. E minha mãe, que geralmente é inclinada a não querer me ver saindo, disse que me daria as passagens. Pedi ao Senhor orientação como fazer com minha mãe e, de repente minhas três sobrinhas estavam dispostas a se revezarem no cuidado com ela. Tudo se encaixava bem. E em uma das noites de oração Ana Rosa me disse que o Senhor tinha lhe mostrado que me surpreenderia e me levaria a muitos lugares.
Comuniquei à Ramona que iria e ela me ofereceu hospedagem e me convidou para conhecer os lugares que atende.
Tinha combinado com Marly que iria em setembro no mesmo período em que aconteceria o Proyecto América no Paraguay. Mas daí tinha uma importante situação a ser resolvida: nunca tinha viajado para o exterior e não sabia como proceder. E minha mãe, por temor, não aceitava que eu viajasse sozinha.
Eu já tinha comentado com Sayonara (uma amiga de Valença com quem já trabalhei outras vezes) sobre o Projeto e se ela não gostaria de participar, visto que gostava muito deste trabalho social. Sayonara passou a conhecer o Projeto pela internet e concordou em ir. Acertamos a viagem para o dia 17/09. Ela retornaria depois do Projeto e eu continuaria mais 15 dias.
Minha mãe se tranquilizou porque Sayonara é uma pessoa acostumada a viajar para outros países e lá fomos nós.
Depois que chegamos em Luque, eu pude conhecer Marly e Elvis pessoalmente e conhecemos um pouco da "Ciudad de la Musica".
Em Luque, minha primeira oportunidade de compartilhar o amor de Deus foi em uma igreja católica quando passeávamos e fotografávamos os lugares.
Pedi para entrarmos e na área externa oramos pela Igreja no Paraguay, suplicando por revelação para as pessoas que buscavam a Deus no catolicismo.
Descobri que nos jardins as chicas e os chicos se reuniam para estudar a Bíblia. Não resisti, me aproximei e no meu portunhol pedi para aprender com elas. Surpresas, mas receptivas concordaram, principalmente por eu ser brasileira. Estudavam Tiago 2. Cada uma falava o que entendera e me perguntaram o que eu observei. Dei a minha contribuição, elogiei o fato de estarem ali buscando aprender de Deus e reforcei que se continuassem a se firmar nos ensinos da Palavra venceriam a corrupção do mundo. Depois perguntei se poderíamos orar juntas. Trocamos abraços e fotos. Foi um momento muito precioso.
Perplexa, Marly me confessou que ela tinha presenciado um milagre. Pois ela nunca vira católicos receber um cristão assim ali no Paraguay. Lhe disse que o milagre na verdade era que aquelas adolescentes estavam buscando a Deus onde Ele está: na Bíblia.
Continua...
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