Gostaria de compartilhar uma pequena experiência que tive neste fim-de-semana, enquanto estava na casa de meus amigos, Rose e Braz. Posso?
De repente me peguei percebendo como toda a criação experimenta a vida.
Todos os dias pela manhã a vida goteja sobre a terra.
Deu para imaginar o oxigênio sendo renovado no primeiro segundo do dia.
Deu para sentir como que uma dose de vida sendo derramada sobre a terra; sobre a criação e sobre as pessoas. Era vida renovada...!
Havia nela um poder para transformar tudo e a natureza percebia isso e a absorvia.
Era como se os rios, as árvores, as flores inspirassem profundamente e se dessem conta de que tinham um dia inteirinho de VIDA para viver.
A energia que fluía não era estática, mas era suficiente para gerar o novo. Era como se toda a criação compreendesse que estava recebendo uma nova oportunidade. Não um pedaço de lenha para reacender a fogueira da noite seguinte; do dia seguinte. Mas combustível para uma fogueira nova.
Não sei se estou conseguindo me expressar bem.
Eu podia ver no meu espírito as flores se abrindo para o sol, os pássaros se sentindo ilimitados no seu vôo.
Podia ver os galhos das árvores se esticando para serem tocados pelos raios solares. Os besouros admirando a grama fresca...
Eu entendia que havia toda uma orquestração, todo um complô para a vida dar certo. Foi quando percebi que este mesmo derramar de vida caía sobre as pessoas. Era como se Deus sorrisse...!
Havia ali uma mensagem; uma expressão divina. E Deus dizia: “Sim, eu estou aqui! Sintam a minha vida fluindo e sustentando tudo. Eu não desisto nunca”.
Foi então que me dei conta que a grande maioria de nós não percebia nada disso.
A vida estava sendo gotejada diretamente de Deus, mas estamos tão ocupados e preenchidos com nossas próprias vidas que perdemos o fio da meada! O fio da meada do projeto divino para aquele dia de vida. Ou para a vida naquele dia.
Não me refiro ao “deixa a vida me levar” que vivem por aí. Mas ao curso da vida que Deus planejou.
Pensei: Há esperança! Deus sustém a vida na terra; e não o faz aleatoriamente... Que maravilha!
Jesus disse: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo.”
Ora... ora... cada dia tem sua medida! Sua cota.
Então porque carregar as cotas do dia anterior, dos meses anteriores e até de anos...?
Que vida é esta que nos conduz, insistindo em amontoar medidas?
Em enfileirar demandas, conflitos e ocupações?
Porque perder a vida nossa de cada dia?
Jesus vivia cada dia de uma vez. Mesmo tendo uma missão tão extraordinária e absorvedora.
Ele tinha uma vantagem sobre nós: ELE OUVIA DEUS.
Os pássaros, as árvores, os lírios... Eles também ouvem Deus. Eles bebem a vida conforme Deus a goteja.
E o incrível é que esta dosagem de vida que irrompe sobre a terra diariamente não perde o ritmo. Nem perde o potencial nele embutido. É como um respirar de Deus...!
Descobri então que não precisava correr tanto! Minha alma não tinha que viver em maratonas incansáveis sempre. Pois, de repente, a medida daquele dia era PARAR E OUVIR...
E como Deus sorria naquele dia!!!
Vi então que a terra era um imenso jardim; o quintal de Deus. Onde tudo floresce há seu tempo e frutifica segundo a sua espécie.
Onde há uma porção de vida para cada ser, mas, no entanto, a grande maioria rejeita. E isto porque está tão cheia de sua própria vida; tão sufocado de si mesmo que não percebe a vida derramada gratuitamente desde o primeiro segundo do amanhecer.
Que Deus mantenha sempre o Seu ritmo até que o nosso acompanhe a Sua batida.
Assim como a vida é a fé. Sempre se renovam em Deus.
Um grande abraço.
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