(1ª Parte)
O
Império Romano dominava sobre Israel. Todo o povo era obrigado a pagar impostos a
César. E Herodes, o Grande, governava a Terra Santa. Buscando agradar aos judeus, ele ordenou a restauração do templo; o qual já vinha sofrendo muito com o desgaste do tempo.
Sendo afeito às obras colossais, Herodes entregou aos judeus um admirável trabalho arquitetônico.
No episódio a seguir o governante é o outro Herodes, o Antipas, filho do Grande, mas o templo é o mesmo.
Jesus
estava no templo ensinando às pessoas e, ao sair, seus discípulos lhe falaram
empolgados sobre a beleza arquitetônica do conjunto de edifícios.
“E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus
discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo.
Jesus, PORÉM, lhes disse: Não vedes tudo
isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja
derrubada.” (Mt 24:1,2)
“E, saindo ele do templo,
disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios!
E, respondendo Jesus,
disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja
derrubada.” (Mc 13:1,2)
QUE BANHO DE
ÁGUA FRIA!
Posso
imaginar a perplexidade dos discípulos ao ouvirem Seu Mestre falar na
destruição do templo. Pois, além da obra ser majestosa, o templo era o lugar
onde Israel cultuava o Seu Deus.
Como Ele poderia falar assim em destruição?
Será que Jesus estava planejando uma rebelião para tomar o governo da mão de
César? Será que Ele iria mesmo se tornar o rei de Israel e libertá-los do
domínio de Roma? Todos ficaram confusos.
Logo adiante Jesus senta-se
defronte ao templo, no Monte das Oliveiras, e eles PERGUNTAM EM PARTICULAR qual
o sinal Jesus daria como certeza de que Sua afirmação aconteceria.
Como o tema era grave, eles
perguntaram “em particular”. Tiveram receio de que alguém escutasse aquela
conversa e levasse aos ouvidos de Herodes Antipas. (As mentes políticas deles não
alcançaram a mente espiritual de Jesus.)
“E, assentando-se ele no Monte das
Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e João e André lhe perguntaram
em particular:
Dize-nos, QUANDO serão essas
coisas, E QUE SINAL haverá quando todas elas estiverem para se cumprir.” (Mc
13:3,4)
Jesus surpreende os discípulos
com Sua resposta. Pois ao invés de falar sobre uma “possível libertação de
Israel” ou de informar algum plano de ataque aos romanos dominadores, o Mestre
fala de coisas muito diferentes do que imaginavam. Nem sequer uma data Ele dá...!
Jesus começa a descrever
situações que vão ocorrer daquela data em
diante e que vão para além da destruição do templo de Jerusalém.
BEM, MAS a profecia sobre o
templo se cumpriu no ano 70 d.C.
Tito Flávio, antes de ser imperador de Roma, serviu na chamada primeira guerra judaico-romana como comandante militar, sob às ordens de seu pai, o então imperador Vespasiano. Tito sitiou e destruiu Jerusalém e seus soldados incendiaram o templo provocando a sua demolição. NÃO FICANDO "PEDRA SOBRE PEDRA".
O Arco de Tito - construído em sua homenagem, em Roma.
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